Capítulo 4
CAPÍTULO 4
1. De onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?
2. Cobiçais, e nada tendes; matais, e sois invejosos, e nada podeis alcançar; combateis e guerreais, e nada tendes, porque não pedis.
3. Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites
1. De onde vêm as guerras.
Como havia falado de paz, e os havia lembrado de que os vícios devem ser exterminados de modo a preservar a paz, agora ele passa às disputas deles, pelas quais criavam confusão entre si mesmos; e mostra que estas surgiam a partir de seus desejos e paixões invejosas, ao invés de um zelo pelo que era justo e correto – pois, se cada um observasse a moderação, eles não teriam perturbado e aborrecido uns aos outros. Eles tinham seus ardentes conflitos, porque deixavam suas paixões prevalecerem descontroladas.
Por onde se mostra que teria havido maior paz entre eles, se cada um se abstivesse de prejudicar os outros; mas os vícios que prevaleciam entre eles eram tantos serventes armados para incitar disputas.
Ele chama nossas faculdades de membros. Emprega paixões como designando todos os desejos ou propensões sensuais e ilícitas que não podem ser satisfeitas sem causar dano a outros.
2. Cobiçais, ou desejais, e nada tendes.
Ele parece sugerir que a alma do homem é insaciável, quando este indulta paixões perversas; e isto é realmente assim, pois quem permite que suas propensões pecaminosas governem descontroladas, não conhecerá fim para a sua concupiscência.
Ainda que o mundo lhe fosse dado, desejaria que outros mundos fossem criados para ele.
Assim ocorre que os homens procuram tormentos que excedem a crueldade de todos os executores. Pois aquele dito de Horácio é verdadeiro:
“Os tiranos da Sicília não encontraram tormento maior do que a inveja”.
Algumas cópias trazem φονεύετε, “matais”; mas não tenho dúvida de que deveríamos ler φθονεῖτε, “invejais”, conforme traduzi; pois o verbo matar não se encaixa de modo nenhum com o contexto.
Combateis. Ele não se refere àquelas guerras e combates em que os homens se envolvem com espadas desembainhadas, mas às disputas violentas que prevaleciam entre eles.
Eles não derivavam nenhum benefício de contendas desta natureza, pois ele afirma que recebiam o castigo da sua própria impiedade.
Deus, de fato, a quem não reconheciam como autor de bênçãos, justamente os desapontava. Pois, quando contendiam de formas tão ilícitas, eles buscavam se enriquecer mais pelo favor de Satanás do que pelo favor de Deus.
Um por meio de fraude, outro por violência, outro por calúnias, e todos por algum mal ou arte ímpia, se esforçavam por obter a felicidade.
Então eles procuravam ser felizes, mas não através de Deus. Portanto, não era de se surpreender que estivessem frustrados em seus esforços, visto como nenhum sucesso se pode esperar senão através das bênçãos de Deus somente.
3. Pedis e não recebeis.
Ele vai além – ainda que buscassem, eram merecidamente rejeitados, porque queriam fazer de Deus ministro das suas próprias paixões.
Pois eles não colocavam limites para os seus desejos, como ele havia mandado, mas davam permissão irrestrita a si mesmos, pedindo aquelas coisas das quais o homem, consciente do que é reto, deveria especialmente se envergonhar.
Plínio em certo lugar ridiculariza esta impudência – de que os homens abusem tão perversamente dos ouvidos de Deus. Ainda menos tolerável é tal coisa em cristãos, que tiveram a regra da oração dada a eles pelo seu Mestre celestial.
E, sem dúvida, parece não haver em nós nenhuma reverência a Deus, nenhum temor a ele – em suma, nenhuma consideração por ele – quando ousamos lhe pedir o que até mesmo a nossa própria consciência não aprova.
Tiago queria resumidamente dizer isto – que nossos desejos devem ser refreados, e o modo de refreá-los é sujeitando-os à vontade de Deus.
E ele também nos ensina que aquilo que desejamos com moderação devemos buscar do próprio Deus – o que, se for feito, seremos preservados de disputas perversas, da fraude e da violência, e de cometer qualquer dano aos outros.
4. Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.
5. Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?
6. Antes, ele dá maior graça.
4. Adúlteros.
Eu relaciono este verso com os versos precedentes; pois ele os chama de adúlteros, conforme penso, metaforicamente, pois se corrompiam com as vaidades deste mundo, e se alienavam de Deus – como se tivesse dito que eles haviam se tornado degenerados, ou bastardos.
Sabemos quão frequentemente, na Santa Escritura, é mencionado o matrimônio que Deus contrai conosco. Ele queria, então, que fôssemos como uma virgem casta, como diz Paulo (2 Co 11:2). Esta castidade é violada e corrompida por todas as afeições impuras pelo mundo.
Tiago, então, não sem razão compara o amor do mundo com o adultério.
Então, aqueles que entendem suas palavras literalmente, não observam suficientemente o contexto – pois ele ainda continua a falar contra as paixões dos homens, que afastam de Deus aqueles que estão envolvidos com o mundo, tal como segue:
A amizade do mundo.
Ele chama de amizade do mundo quando os homens se rendem às corrupções do mundo, e se tornam escravos delas. Pois tal e tão grande é o desacordo entre o mundo e Deus, que, quanto mais alguém se inclina para o mundo, tanto mais ele se aliena de Deus.
Por onde a Escritura nos manda muitas vezes renunciarmos ao mundo, se quisermos servir a Deus.
5. Ou cuidais vós.
Ele parece aduzir a partir da Escritura a próxima sentença.
Por isso os intérpretes se cansam tanto, porque nada parecido, ao menos nada exatamente parecido, é encontrado na Escritura.
Mas nada impede que seja feita referência ao que já foi dito – ou seja, que a amizade do mundo é adversa a Deus. Além disso, tem-se dito corretamente que esta é uma verdade que ocorre em toda a parte da Escritura. E que ele tenha omitido o pronome, que teria tornado a sentença mais clara, não deve ser motivo de surpresa, pois, como está evidente, em toda a parte ele é bastante conciso.
O Espírito, ou, porventura o Espírito?
Alguns pensam que isto se refira à alma do homem, e por isso lêem a sentença afirmativamente, e de acordo com este significado – que o espírito do homem, como é maligno, está tão infectado de inveja que sempre possui uma mistura dela.
Contudo, pensam melhor aqueles que consideram que isto se refere ao Espírito de Deus – pois é ele que é dado para habitar em nós. Então entendo o Espírito como sendo o de Deus, e leio a sentença como uma pergunta; pois o seu objetivo era provar que, porque invejavam, eles não eram governados pelo Espírito de Deus – porque ele ensina os fiéis de modo diferente; e isto ele confirma no verso seguinte, acrescentando que: ele dá maior graça.
Pois é um argumento que surge a partir do que é contrário. A inveja é prova ou sinal de malignidade; mas o Espírito de Deus se mostra generoso pela afluência de suas bênçãos.
Não existe então nada de mais repugnante à sua natureza do que a inveja.
Em suma, Tiago nega que o Espírito de Deus governe onde prevaleçam as paixões depravadas, as quais incitam à contenda mútua; porque é peculiarmente o ofício do Espírito enriquecer os homens cada vez mais, constantemente, com novos dons.
Não me deterei para refutar outras explicações. Alguns dão este significado – de que o Espírito cobiça contra a inveja; o que é áspero e forçado demais. Então eles dizem que Deus dá maior graça para vencer e subjugar a paixão. Mas o sentido que forneci é mais apropriado e simples – que ele nos restaura, pela sua bondade, do poder da emulação maligna. A partícula continuativa δὲ deve ser entendida adversativamente, no sentido de ἀλλὰ ou ἀλλά γε; por isso a traduzi por quin, mas.
7. Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.
8. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações.
9. Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza.
10. Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.
7. Sujeitai-vos.
A submissão que ele recomenda é a da humildade; pois não nos exorta genericamente a obedecer a Deus, mas requer a submissão; pois o Espírito de Deus repousa sobre os humildes e mansos (Is 57:15).
Por esta causa, ele usa a partícula ilativa. Pois, como havia declarado que o Espírito de Deus é generoso em aumentar os seus dons, por isso ele conclui que devemos pôr de lado a inveja, e nos submetermos a Deus.
Muitas cópias introduziram aqui a seguinte sentença: “Portanto diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes”.
Mas em outras não é encontrada.
Erasmo suspeita de que a princípio era uma nota na margem, e depois se introduziu sorrateiramente no texto.
Pode ter sido assim, embora não seja inapropriada para a passagem. Pois o que pensam alguns – que é estranho que o que somente se encontra em Pedro deva ser citado como Escritura – pode ser facilmente descartado.
Mas prefiro conjecturar que esta sentença, a qual está de acordo com a doutrina comum da Escritura, tornara-se então um tipo de dito proverbial comum entre os judeus. E, de fato, não é nada mais do que aquilo que se encontra em Sl 18:27, “Porque tu, ó Senhor, livrarás o humilde, e abaterás os olhos altivos”, e sentenças similares são encontradas em muitas outras passagens.
Resisti ao diabo.
Ele mostra qual é a disputa em que devemos nos envolver – como diz Paulo, que a nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas nos estimula a um combate espiritual.
Então, após ter nos ensinado a mansidão para com os homens, e a submissão para com Deus, ele apresenta diante de nós Satanás como nosso inimigo, a quem nos cabe combater.
Contudo, a promessa que acrescenta, a respeito da fuga de Satanás, parece ser refutada pela experiência diária; pois é certo que, quanto mais ativamente alguém resista, mais furiosamente ele é incitado.
Pois Satanás, de certo modo, age galhofeiramente, quando não é repelido com determinação; mas contra aqueles que realmente lhe resistem, ele emprega toda a força que possui. E ainda, ele nunca se cansa de lutar, mas, quando vencido em uma batalha, imediatamente se envolve em outra.
A isto eu respondo que a fuga deve ser entendida aqui no sentido de pôr para correr, ou desbaratar. E, sem dúvida, embora repita seus ataques constantemente, ele sempre vai embora derrotado.
No verso sete ele ainda parece continuar os termos militares: “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”. Deve-se especialmente observar que a primeira coisa é estar sob a bandeira e proteção de Deus, e depois podemos com sucesso resistir ao diabo – sem Deus, não temos nenhum poder para resisti-lo.
A coisa principal é declarada primeiro – chegar-se a Deus – e depois as coisas que são anteriormente necessárias: limpar suas mãos e purificar seus corações – provavelmente uma alusão à prática entre os sacerdotes da lei, de lavarem-se antes de se envolverem no serviço do templo. Eles deviam lavar suas mãos como se tivessem se contaminado com sangue, assim como o crime de homicídio lhes fora imputado em Tg 4:2; e deviam purificar seus corações das cobiças e desejos ambiciosos que haviam nutrido.
A não ser que tais coisas fossem feitas, eles não poderiam se chegar a Deus. E ainda, chegar-se a Deus era necessário antes que pudessem se sujeitar à sua autoridade, de modo que há uma relação entre este verso e o anterior –
O objetivo final, declarado primeiro, era a submissão a Deus, e estar sob a sua proteção; e tudo o que segue era necessário para esse fim. A ordem regular seria:
Purificai vossos corações,
Alimpai vossas mãos,
Chegai-vos a Deus,
Sujeitai-vos a ele.
Mas este modo de declaração, voltando para trás ao invés de ir adiante, será encontrado em todas as partes da Escritura.
8. Chegai-vos a Deus.
Ele novamente nos lembra de que o auxílio de Deus não nos faltará, desde que demos lugar a ele.
Pois, quando nos manda chegarmos a Deus, para que saibamos que Ele está perto de nós, ele sugere que estamos destituídos da sua graça porque nos retiramos dele.
Mas, como Deus está do nosso lado, não há motivo para temer a queda.
Mas, se alguém conclui a partir desta passagem que a primeira parte da obra pertence a nós, e que depois a graça de Deus fluirá, o Apóstolo não queria dizer tal coisa; pois, embora devamos fazer isto, não decorre de imediato que possamos.
E o Espírito de Deus, exortando-nos ao nosso dever, não rebaixa nada de si mesmo, ou do seu poder, mas a própria coisa que nos manda fazer, ele mesmo cumpre em nós.
Em suma, Tiago não queria dizer outra coisa nesta passagem, senão que Deus nunca falta para nós, exceto quando nos alienamos dele.
Ele é como alguém que leva o faminto até uma mesa e o sedento até uma fonte.
Há esta diferença – que nossos passos devem ser guiados e sustentados pelo Senhor, pois nossos pés nos traem.
Mas o que sofismam alguns, e dizem – que a graça é secundária para a nossa preparação, e é como que uma criada à espera, é simplesmente frívolo; pois sabemos que não é algo novo que ele acrescenta agora a graças anteriores, e assim enriquece cada vez mais aqueles a quem já tem concedido muito.
Alimpai as vossas mãos.
Aqui ele se dirige a todos os que estavam alienados de Deus, e não se refere a dois tipos de homens, mas chama os mesmos de pecadores e de duplo ânimo.
E também não entende todo o tipo de pecadores, mas os perversos e de vida corrupta.
É dito em Jo 9:3: “Deus não ouve a pecadores”, no mesmo sentido em que uma mulher é chamada de pecadora por Lucas (Lc 7:39). É dito pelo mesmo e pelos outros evangelistas: “Ele bebe e come com pecadores”.
Portanto, ele não golpeia a todos indiscriminadamente com o tipo de arrependimento mencionado aqui, mas aqueles que são perversos e corruptos no coração, e cuja vida é abjeta e hedionda, ou ao menos perversa – é destes que ele requer uma pureza de coração e limpeza exterior.
Por aqui aprendemos qual é o verdadeiro caráter do arrependimento.
Não é apenas uma correção de vida, mas seu princípio é a purificação do coração.
Também é necessário, por outro lado, que os frutos do arrependimento interior apareçam no esplendor de nossas obras.
9. Lamentai e chorai.
Cristo denuncia o pranto sobre aqueles que riem, como uma maldição (Lc 6:25); e Tiago, no que vem logo a seguir, aludindo às mesmas palavras, ameaça os ricos com o pranto.
Mas aqui ele fala daquele pranto ou tristeza salutar que nos leva ao arrependimento. Ele se dirige àqueles que, estando inebriados em suas mentes, não percebiam o juízo de Deus. Assim, acontecia que eles se gabavam de seus vícios.
Para que pudesse sacudir deles este torpor mortal, ele os admoesta a aprenderem a chorar, para que, sendo tocados pela tristeza de consciência, pudessem deixar de se gabar e exultar à beira da destruição.
Então, riso deve ser entendido como significando a adulação com que os infiéis se enganam, enquanto se enfatuam pela doçura dos seus pecados e se esquecem do juízo de Deus.
10. Humilhai-vos, ou sede humilhados.
A conclusão do que veio antes é que a graça de Deus está pronta então para nos exaltar quando ele perceber que os nossos espíritos orgulhosos estão postos de lado.
Nós emulamos e invejamos porque desejamos ser eminentes.
Esta é uma atitude completamente irracional, pois é a obra peculiar de Deus exaltar os abatidos, e especialmente aqueles que voluntariamente se humilham.
Todo aquele, então, que busca uma elevação segura, seja abatido sob o senso da sua própria fraqueza, e pense humildemente sobre si mesmo.
Agostinho observa apropriadamente em certo lugar: Assim como uma árvore deve lançar raízes profundas para baixo, para que possa crescer para cima, do mesmo modo todo aquele que não tem sua alma profundamente fixada na humildade, exalta-se para sua própria ruína.
11. Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão, e julga a seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz.
12. Há só um legislador que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?
13. Eia agora vós, que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos;
14. Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece.
15. Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo.
16. Mas agora vos gloriais em vossas presunções; toda a glória tal como esta é maligna.
17. Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado.
11. Não faleis mal, ou, não difameis.
Vemos quanto trabalho Tiago tem para corrigir a avidez pela difamação.
Pois a hipocrisia sempre é presunçosa, e somos por natureza hipócritas, apaixonadamente nos exaltamos caluniando os outros.
Existe também outra doença inata à natureza humana – que cada um queira que todos vivam de acordo com a sua própria vontade ou capricho.
Esta presunção Tiago condena convenientemente nesta passagem – ou seja, porque ousamos impor sobre nossos irmãos nossa regra de vida.
Ele então emprega falar mal como incluindo todas as calúnias e obras suspeitas que derivam de um juízo maligno e pervertido.
O mal da difamação assume uma ampla variedade, mas aqui ele se refere propriamente àquele tipo de difamação que eu mencionei, ou seja, quando desdenhosamente determinamos a respeito dos feitos e ditos de outros – como se a nossa própria morosidade fosse a lei; quando confiantemente condenamos tudo o que não nos agrada.
Que tal presunção é aqui reprovada fica evidente a partir da razão que é imediatamente acrescentada: Quem fala mal, ou difama seu irmão, fala mal, ou difama a lei.
Ele sugere que muita coisa é tomada da lei quando alguém reivindica autoridade sobre seus irmãos. Falar mal, então, contra a lei é oposto àquela reverência com a qual convém que a consideremos.
Paulo lida praticamente com o mesmo argumento em Rm 14, embora em uma ocasião diferente. Pois, quando a superstição na escolha das carnes possuía alguém, o que consideravam ilícito para si mesmos, eles condenavam também em outros.
Ele então os lembrou de que existe apenas um Senhor, de acordo com a vontade do qual todos devem ficar de pé ou cair, e em cujo tribunal todos devemos comparecer.
Por onde ele conclui que aquele que julga a seus irmãos de acordo com sua própria visão das coisas assume para si o que pertence peculiarmente a Deus.
Mas Tiago reprova aqui aqueles que, sob o pretexto de santidade, condenavam a seus irmãos, e por isso colocavam sua própria morosidade no lugar da lei da divina.
Ele, contudo, emprega o mesmo raciocínio que Paulo – ou seja, que agimos presunçosamente quando assumimos autoridade sobre nossos irmãos, enquanto a lei de Deus subordina todos nós a si mesma sem exceção.
Aprendamos então que não devemos julgar, exceto de acordo com a lei de Deus.
Não és observador da lei, mas juíz .
Esta sentença deveria ser explicada assim: “Quando reivindicas para ti mesmo um poder de censurar acima da lei de Deus, tu isentas a ti mesmo do dever de obedecer à lei”.
Então, aquele que julga temerariamente a seu irmão, sacode o jugo de Deus, pois não se submete à regra comum de vida.
Então, este é um argumento a partir do que é contrário; porque a observância da lei é completamente diferente desta arrogância, quando os homens atribuem à sua própria vaidade o poder e autoridade da lei.
Por onde segue-se que então somente guardamos a lei quando dependemos totalmente do seu ensino, e não distinguimos de outra maneira o bem e o mal; pois todos os feitos e palavras dos homens devem ser regulados por ela.
Se alguém objetasse e dissesse que, mesmo assim, os santos serão juízes do mundo (1 Co 6:2), a resposta é óbvia – que esta honra não lhes pertence segundo o seu direito próprio, e sim porque são membros de Cristo; e que agora eles julgam segundo a lei, de modo que não devem ser considerados juízes apenas porque concordam obedientemente que Deus seja seu próprio juíz e julgue a todos.
Com respeito a Deus, ele não deve ser considerado observador da lei, porque sua justiça é anterior à lei; pois a lei flui da justiça eterna e infinita de Deus, como um rio da sua fonte.
12. Há só um legislador.
Agora ele relaciona o poder de salvar e destruir com o ofício de um legislador, sugerindo que toda a majestade de Deus é forçosamente assumida por aqueles que reivindicam para si mesmos o direito de fazer a lei; e isto é o que é feito por aqueles que impõem como lei sobre outros o seu próprio comando ou vontade.
E lembremo-nos de que o assunto aqui não é o governo civil, no qual os editos e leis dos magistrados têm lugar, mas o governo espiritual da alma, no qual a palavra de Deus somente deve exercer domínio.
Existe então um só Deus, que tem as consciências sujeitas por direito às suas próprias leis, assim como só ele tem em sua mão o poder de salvar e destruir.
Quem és tu.
Alguns pensam que aqui eles são admoestados a se tornarem repreensores de seus próprios vícios, a fim de que começassem a se examinar a si mesmos; e que, descobrindo que não eram mais puros do que os outros, pudessem deixar de ser tão severos.
Penso que a sua própria condição é simplesmente sugerida aos homens, de modo que possam pensar o quanto estão abaixo daquela dignidade que assumiram – como Paulo também diz: “Quem és tu que julgas a outrem?” (Rm 14:4).
13. Eia agora.
Ele condena aqui outro tipo de presunção – que muitos, que deveriam ter dependido da providência de Deus, confiantemente determinavam o que fariam, e ordenavam seus planos para um longo período de tempo, como se tivessem muitos anos à sua própria disposição, embora não estivessem certos nem de um só momento.
Salomão também ridiculariza severamente este tipo de vanglória louca, quando diz que “o homem faz as preparações no seu coração, mas o Senhor dá a resposta da língua” (Pv 16:1).
E é algo muito insano nos incumbirmos de executar o que não podemos pronunciar com a nossa língua. Tiago não reprova a forma de expressão, mas antes a arrogância de espírito, que os homens se esqueçam de sua própria fraqueza, e falem assim presunçosamente; pois mesmo os fiéis, que pensam humildemente sobre si mesmos, e reconhecem que seus passos são guiados pela vontade de Deus, contudo às vezes podem dizer, sem nenhuma cláusula modificadora, que farão isto ou aquilo.
De fato, é correto e próprio, quando prometemos algo quanto ao tempo futuro, acostumarmo-nos a palavras tais como estas: “Se Deus se agradar”, “se o Senhor permitir”.
Mas não se deve nutrir nenhum escrúpulo, como se fosse pecado omiti-las; pois lemos em toda a parte nas Escrituras que os santos servos de Deus falavam incondicionalmente de coisas futuras, quando, por outro lado, tinham como um princípio firme em suas mentes, que não poderiam fazer nada sem a permissão de Deus.
Então, quanto à prática de dizer: “Se o Senhor quiser ou permitir”, deve ser cuidadosamente observada por todos os fiéis.
Mas Tiago despertava a estupidez daqueles que desprezavam a providência de Deus, e reivindicavam para si um ano inteiro, embora não tivessem um único momento em seu próprio poder – o lucro que estava distante eles prometiam a si, embora não tivessem nenhuma posse do que estava diante de seus pés.
14. Porque, que é a vossa vida?
Ele poderia ter reprimido esta liberdade insensata de determinar coisas futuras por muitas outras razões – pois sabemos como o Senhor frustra diariamente aqueles homens presunçosos que prometem as grandes coisas que farão.
Mas ele estava satisfeito com este único argumento
– quem te prometeu a vida amanhã?
Podes, um homem moribundo, fazer o que tão confiantemente resolves fazer?
Pois aquele que se lembra da brevidade de sua vida, terá a sua audácia facilmente refreada, de modo a não estender demasiadamente suas resoluções.
Não somente isto, mas por nenhuma outra razão os infiéis se indultam tanto, senão porque se esquecem de que são homens. Pela comparação do vapor, ele mostra notavelmente que os propósitos que estão fundados apenas na vida presente são totalmente evanescentes.
15. Se o Senhor quiser.
Uma dupla condição é formulada: “Se vivermos tanto tempo” e “se o Senhor quiser”
– porque muitas coisas podem se interpor para frustrar o que podemos ter determinado, pois estamos cegos quanto a todos os eventos futuros.
Por vontade ele quer dizer não a que é expressa na lei, mas o conselho de Deus pelo qual ele governa todas as coisas.
16. Mas agora regozijais, ou, vos gloriais.
Podemos aprender a partir destas palavras que Tiago condenava algo mais do que uma fala passageira.
Regozijais, ou, vos gloriais, diz ele, em vossas vanglórias.
Embora privassem a Deus de seu governo, eles ainda se gabavam – não que abertamente se colocassem como superiores a Deus, embora estivessem especialmente inchados de confiança em si mesmos; mas suas mentes estavam tão inebriadas de vaidade que desprezavam a Deus.
E, como avisos desta natureza são geralmente recebidos com desprezo pelos infiéis
– não somente isto, mas esta resposta é dada de imediato: “é conhecido de nós o que nos é oferecido, por isso não há necessidade de tal aviso”, ele alega contra eles este conhecimento em que se gloriavam, e declara que pecavam ainda mais gravemente, porque não pecavam por ignorância, mas por desprezo.
Oração de Libertação
ORAÇÃO DE LIBERTAÇÃO
Eu,João Vitor Valentim,declaro que Tu o Deus de Israel é o único Deus,Criador de todas as coisas,o Deus Eterno.
Declaro que acredito no teu amor,que Tu me amas independente do que sou e faço,pois Teu amor por mim em Jesus é imutável
Declaro que teu Filho Jesus é Deus,que Ele um dia se encarnou,viveu entre nós,morreu na cruz,mas ressuscitou,vencendo a morte e destruindo satanás e todas as suas obras,e que hoje o teu Filho está sentado à tua direita,de onde há de vir para julgar o mundo e eu como parte da tua igreja,declaro diante dos homens,dos anjos e dos meus inimigos,que teu Filho Jesus é meu único Senhor e Salvador e como prova,eu confesso que sou lavado pelo sangue que foi derramado na cruz e que recebo teu Filho como Senhor e Salvador da minha vida
Como prova de que sou teu filho
Diante dessa confissão,eu quebro,rompo e desfaço toda maldição que estava sobre mim,vinda dos meus pais,avós,tataravós,quarta geração,quinta geração,sexta geração,sétima geração,oitava geração,nona geração,décima,décima primeira,décima segunda,décima terceira e décima quarta gerações maternas e paternas.
Passe o teu fogo e queime todos os espiritos familiares que estejam agindo em minha vida,amarre-os e lance-os nas regiões áridas.
Quebro todo pacto que meus antepassados fizeram,pois a partir de hoje só tenho uma aliança,uma aliança com o teu Filho Jesus e a obra feita por mim na cruz.
Leva a minha mente,quando eu era um feto no ventre da minha mãe,eu quebro e rejeito toda palavra de maldição lançada sobre mim por pessoas que eu conheça ou por pessoas que eu não conheça.
Sara todo trauma provocado pela gravidez da minha mãe,pelo parto e que toda ferida da minha alma seja agora curada.Eu perdoo todos que me magoaram.
Leva a minha mente de 0 a 3 anos,passe teu sangue e desfaça toda palavra de maldição lançada sobre mim,eu declaro perdoados todos que me amaldiçoaram ou lançaram maldição sobre a minha vida
Leva a minha mente dos 4 aos 7 anos,eu desfaço toda maldição lançada sobre mim e perdoo todos que me magoaram ou me rejeitaram.
Leva a minha mente dos 8 aos 12 anos,eu desfaço todo pacto feito nesta fase da minha vida,quebro toda palavra de maldição lançada sobre mim e perdoo todos que me magoraram ou me rejeitaram.
Leva a minha mente dos 13 até minha idade atual,eu rejeito e quebro todo vínculo feito por mim ou por qualquer outra pessoa,Deus vá nesse lugar onde foi feito um ritual que me envolvia e desfaça toda aliança em nome de Jesus.Eu perdoo todos que me magoaram e me rejeitaram.
Cura a minha alma de toda ferida,de todo abuso que eu tenha sofrido e eu perdoo quem me machucou e quem abusou de mim em nome de Jesus.
Eu unjo agora a chacra cronal ( alto da cabeça ) e repreendo toda entidade que age na área da depressão,derrame o teu sangue sobre esta chacra.
Eu unjo agora a chacra frontal ( entre os olhos ) e repreendo toda entidade que age na
área da minha memória,derrame o teu sangue sobre esta chacra
Eu unjo a chacra laringeo (garganta ) e repreendo toda entidade que age na área das decisões,derrame teu sangue sobre esta chacra
Eu unjo a chacra cardíaco( coração ) e repreendo toda entidade que age na área que gera ódio,derrame o teu sangue sobre esta chacra
Eu unjo a chacra gástrica ( estômago )e repreendo toda entidade que age na área da carência,cura minhas carências e derrame o teu sangue sobre esta chacra.
Eu unjo a chacra espiênico ( umbigo ) eu repreendo toda entidade que age na área emocional e peço que o Senhor ajuste minhas emoções,derrame o teu sangue sobre esta chacra.
Eu unjo a chacra básico ( área sexual )eu repreendo toda entidade que age na área sexual e do prazer,derrame o teu sangue sobre esta chacra
Na certeza da obra da Cruz que o Senhor tome essa minha declaração e rasgue toda cédula de divida que era contra mim e que diante de Ti eu esteja completamente justificado em nome de Jesus
1. De onde vêm as guerras e pelejas entre vós? Porventura não vêm disto, a saber, dos vossos deleites, que nos vossos membros guerreiam?
2. Cobiçais, e nada tendes; matais, e sois invejosos, e nada podeis alcançar; combateis e guerreais, e nada tendes, porque não pedis.
3. Pedis, e não recebeis, porque pedis mal, para o gastardes em vossos deleites
1. De onde vêm as guerras.
Como havia falado de paz, e os havia lembrado de que os vícios devem ser exterminados de modo a preservar a paz, agora ele passa às disputas deles, pelas quais criavam confusão entre si mesmos; e mostra que estas surgiam a partir de seus desejos e paixões invejosas, ao invés de um zelo pelo que era justo e correto – pois, se cada um observasse a moderação, eles não teriam perturbado e aborrecido uns aos outros. Eles tinham seus ardentes conflitos, porque deixavam suas paixões prevalecerem descontroladas.
Por onde se mostra que teria havido maior paz entre eles, se cada um se abstivesse de prejudicar os outros; mas os vícios que prevaleciam entre eles eram tantos serventes armados para incitar disputas.
Ele chama nossas faculdades de membros. Emprega paixões como designando todos os desejos ou propensões sensuais e ilícitas que não podem ser satisfeitas sem causar dano a outros.
2. Cobiçais, ou desejais, e nada tendes.
Ele parece sugerir que a alma do homem é insaciável, quando este indulta paixões perversas; e isto é realmente assim, pois quem permite que suas propensões pecaminosas governem descontroladas, não conhecerá fim para a sua concupiscência.
Ainda que o mundo lhe fosse dado, desejaria que outros mundos fossem criados para ele.
Assim ocorre que os homens procuram tormentos que excedem a crueldade de todos os executores. Pois aquele dito de Horácio é verdadeiro:
“Os tiranos da Sicília não encontraram tormento maior do que a inveja”.
Algumas cópias trazem φονεύετε, “matais”; mas não tenho dúvida de que deveríamos ler φθονεῖτε, “invejais”, conforme traduzi; pois o verbo matar não se encaixa de modo nenhum com o contexto.
Combateis. Ele não se refere àquelas guerras e combates em que os homens se envolvem com espadas desembainhadas, mas às disputas violentas que prevaleciam entre eles.
Eles não derivavam nenhum benefício de contendas desta natureza, pois ele afirma que recebiam o castigo da sua própria impiedade.
Deus, de fato, a quem não reconheciam como autor de bênçãos, justamente os desapontava. Pois, quando contendiam de formas tão ilícitas, eles buscavam se enriquecer mais pelo favor de Satanás do que pelo favor de Deus.
Um por meio de fraude, outro por violência, outro por calúnias, e todos por algum mal ou arte ímpia, se esforçavam por obter a felicidade.
Então eles procuravam ser felizes, mas não através de Deus. Portanto, não era de se surpreender que estivessem frustrados em seus esforços, visto como nenhum sucesso se pode esperar senão através das bênçãos de Deus somente.
3. Pedis e não recebeis.
Ele vai além – ainda que buscassem, eram merecidamente rejeitados, porque queriam fazer de Deus ministro das suas próprias paixões.
Pois eles não colocavam limites para os seus desejos, como ele havia mandado, mas davam permissão irrestrita a si mesmos, pedindo aquelas coisas das quais o homem, consciente do que é reto, deveria especialmente se envergonhar.
Plínio em certo lugar ridiculariza esta impudência – de que os homens abusem tão perversamente dos ouvidos de Deus. Ainda menos tolerável é tal coisa em cristãos, que tiveram a regra da oração dada a eles pelo seu Mestre celestial.
E, sem dúvida, parece não haver em nós nenhuma reverência a Deus, nenhum temor a ele – em suma, nenhuma consideração por ele – quando ousamos lhe pedir o que até mesmo a nossa própria consciência não aprova.
Tiago queria resumidamente dizer isto – que nossos desejos devem ser refreados, e o modo de refreá-los é sujeitando-os à vontade de Deus.
E ele também nos ensina que aquilo que desejamos com moderação devemos buscar do próprio Deus – o que, se for feito, seremos preservados de disputas perversas, da fraude e da violência, e de cometer qualquer dano aos outros.
4. Adúlteros e adúlteras, não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus.
5. Ou cuidais vós que em vão diz a Escritura: O Espírito que em nós habita tem ciúmes?
6. Antes, ele dá maior graça.
4. Adúlteros.
Eu relaciono este verso com os versos precedentes; pois ele os chama de adúlteros, conforme penso, metaforicamente, pois se corrompiam com as vaidades deste mundo, e se alienavam de Deus – como se tivesse dito que eles haviam se tornado degenerados, ou bastardos.
Sabemos quão frequentemente, na Santa Escritura, é mencionado o matrimônio que Deus contrai conosco. Ele queria, então, que fôssemos como uma virgem casta, como diz Paulo (2 Co 11:2). Esta castidade é violada e corrompida por todas as afeições impuras pelo mundo.
Tiago, então, não sem razão compara o amor do mundo com o adultério.
Então, aqueles que entendem suas palavras literalmente, não observam suficientemente o contexto – pois ele ainda continua a falar contra as paixões dos homens, que afastam de Deus aqueles que estão envolvidos com o mundo, tal como segue:
A amizade do mundo.
Ele chama de amizade do mundo quando os homens se rendem às corrupções do mundo, e se tornam escravos delas. Pois tal e tão grande é o desacordo entre o mundo e Deus, que, quanto mais alguém se inclina para o mundo, tanto mais ele se aliena de Deus.
Por onde a Escritura nos manda muitas vezes renunciarmos ao mundo, se quisermos servir a Deus.
5. Ou cuidais vós.
Ele parece aduzir a partir da Escritura a próxima sentença.
Por isso os intérpretes se cansam tanto, porque nada parecido, ao menos nada exatamente parecido, é encontrado na Escritura.
Mas nada impede que seja feita referência ao que já foi dito – ou seja, que a amizade do mundo é adversa a Deus. Além disso, tem-se dito corretamente que esta é uma verdade que ocorre em toda a parte da Escritura. E que ele tenha omitido o pronome, que teria tornado a sentença mais clara, não deve ser motivo de surpresa, pois, como está evidente, em toda a parte ele é bastante conciso.
O Espírito, ou, porventura o Espírito?
Alguns pensam que isto se refira à alma do homem, e por isso lêem a sentença afirmativamente, e de acordo com este significado – que o espírito do homem, como é maligno, está tão infectado de inveja que sempre possui uma mistura dela.
Contudo, pensam melhor aqueles que consideram que isto se refere ao Espírito de Deus – pois é ele que é dado para habitar em nós. Então entendo o Espírito como sendo o de Deus, e leio a sentença como uma pergunta; pois o seu objetivo era provar que, porque invejavam, eles não eram governados pelo Espírito de Deus – porque ele ensina os fiéis de modo diferente; e isto ele confirma no verso seguinte, acrescentando que: ele dá maior graça.
Pois é um argumento que surge a partir do que é contrário. A inveja é prova ou sinal de malignidade; mas o Espírito de Deus se mostra generoso pela afluência de suas bênçãos.
Não existe então nada de mais repugnante à sua natureza do que a inveja.
Em suma, Tiago nega que o Espírito de Deus governe onde prevaleçam as paixões depravadas, as quais incitam à contenda mútua; porque é peculiarmente o ofício do Espírito enriquecer os homens cada vez mais, constantemente, com novos dons.
Não me deterei para refutar outras explicações. Alguns dão este significado – de que o Espírito cobiça contra a inveja; o que é áspero e forçado demais. Então eles dizem que Deus dá maior graça para vencer e subjugar a paixão. Mas o sentido que forneci é mais apropriado e simples – que ele nos restaura, pela sua bondade, do poder da emulação maligna. A partícula continuativa δὲ deve ser entendida adversativamente, no sentido de ἀλλὰ ou ἀλλά γε; por isso a traduzi por quin, mas.
7. Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós.
8. Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações.
9. Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza.
10. Humilhai-vos perante o Senhor, e ele vos exaltará.
7. Sujeitai-vos.
A submissão que ele recomenda é a da humildade; pois não nos exorta genericamente a obedecer a Deus, mas requer a submissão; pois o Espírito de Deus repousa sobre os humildes e mansos (Is 57:15).
Por esta causa, ele usa a partícula ilativa. Pois, como havia declarado que o Espírito de Deus é generoso em aumentar os seus dons, por isso ele conclui que devemos pôr de lado a inveja, e nos submetermos a Deus.
Muitas cópias introduziram aqui a seguinte sentença: “Portanto diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes”.
Mas em outras não é encontrada.
Erasmo suspeita de que a princípio era uma nota na margem, e depois se introduziu sorrateiramente no texto.
Pode ter sido assim, embora não seja inapropriada para a passagem. Pois o que pensam alguns – que é estranho que o que somente se encontra em Pedro deva ser citado como Escritura – pode ser facilmente descartado.
Mas prefiro conjecturar que esta sentença, a qual está de acordo com a doutrina comum da Escritura, tornara-se então um tipo de dito proverbial comum entre os judeus. E, de fato, não é nada mais do que aquilo que se encontra em Sl 18:27, “Porque tu, ó Senhor, livrarás o humilde, e abaterás os olhos altivos”, e sentenças similares são encontradas em muitas outras passagens.
Resisti ao diabo.
Ele mostra qual é a disputa em que devemos nos envolver – como diz Paulo, que a nossa luta não é contra a carne e o sangue, mas nos estimula a um combate espiritual.
Então, após ter nos ensinado a mansidão para com os homens, e a submissão para com Deus, ele apresenta diante de nós Satanás como nosso inimigo, a quem nos cabe combater.
Contudo, a promessa que acrescenta, a respeito da fuga de Satanás, parece ser refutada pela experiência diária; pois é certo que, quanto mais ativamente alguém resista, mais furiosamente ele é incitado.
Pois Satanás, de certo modo, age galhofeiramente, quando não é repelido com determinação; mas contra aqueles que realmente lhe resistem, ele emprega toda a força que possui. E ainda, ele nunca se cansa de lutar, mas, quando vencido em uma batalha, imediatamente se envolve em outra.
A isto eu respondo que a fuga deve ser entendida aqui no sentido de pôr para correr, ou desbaratar. E, sem dúvida, embora repita seus ataques constantemente, ele sempre vai embora derrotado.
No verso sete ele ainda parece continuar os termos militares: “Sujeitai-vos, pois, a Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”. Deve-se especialmente observar que a primeira coisa é estar sob a bandeira e proteção de Deus, e depois podemos com sucesso resistir ao diabo – sem Deus, não temos nenhum poder para resisti-lo.
A coisa principal é declarada primeiro – chegar-se a Deus – e depois as coisas que são anteriormente necessárias: limpar suas mãos e purificar seus corações – provavelmente uma alusão à prática entre os sacerdotes da lei, de lavarem-se antes de se envolverem no serviço do templo. Eles deviam lavar suas mãos como se tivessem se contaminado com sangue, assim como o crime de homicídio lhes fora imputado em Tg 4:2; e deviam purificar seus corações das cobiças e desejos ambiciosos que haviam nutrido.
A não ser que tais coisas fossem feitas, eles não poderiam se chegar a Deus. E ainda, chegar-se a Deus era necessário antes que pudessem se sujeitar à sua autoridade, de modo que há uma relação entre este verso e o anterior –
O objetivo final, declarado primeiro, era a submissão a Deus, e estar sob a sua proteção; e tudo o que segue era necessário para esse fim. A ordem regular seria:
Purificai vossos corações,
Alimpai vossas mãos,
Chegai-vos a Deus,
Sujeitai-vos a ele.
Mas este modo de declaração, voltando para trás ao invés de ir adiante, será encontrado em todas as partes da Escritura.
8. Chegai-vos a Deus.
Ele novamente nos lembra de que o auxílio de Deus não nos faltará, desde que demos lugar a ele.
Pois, quando nos manda chegarmos a Deus, para que saibamos que Ele está perto de nós, ele sugere que estamos destituídos da sua graça porque nos retiramos dele.
Mas, como Deus está do nosso lado, não há motivo para temer a queda.
Mas, se alguém conclui a partir desta passagem que a primeira parte da obra pertence a nós, e que depois a graça de Deus fluirá, o Apóstolo não queria dizer tal coisa; pois, embora devamos fazer isto, não decorre de imediato que possamos.
E o Espírito de Deus, exortando-nos ao nosso dever, não rebaixa nada de si mesmo, ou do seu poder, mas a própria coisa que nos manda fazer, ele mesmo cumpre em nós.
Em suma, Tiago não queria dizer outra coisa nesta passagem, senão que Deus nunca falta para nós, exceto quando nos alienamos dele.
Ele é como alguém que leva o faminto até uma mesa e o sedento até uma fonte.
Há esta diferença – que nossos passos devem ser guiados e sustentados pelo Senhor, pois nossos pés nos traem.
Mas o que sofismam alguns, e dizem – que a graça é secundária para a nossa preparação, e é como que uma criada à espera, é simplesmente frívolo; pois sabemos que não é algo novo que ele acrescenta agora a graças anteriores, e assim enriquece cada vez mais aqueles a quem já tem concedido muito.
Alimpai as vossas mãos.
Aqui ele se dirige a todos os que estavam alienados de Deus, e não se refere a dois tipos de homens, mas chama os mesmos de pecadores e de duplo ânimo.
E também não entende todo o tipo de pecadores, mas os perversos e de vida corrupta.
É dito em Jo 9:3: “Deus não ouve a pecadores”, no mesmo sentido em que uma mulher é chamada de pecadora por Lucas (Lc 7:39). É dito pelo mesmo e pelos outros evangelistas: “Ele bebe e come com pecadores”.
Portanto, ele não golpeia a todos indiscriminadamente com o tipo de arrependimento mencionado aqui, mas aqueles que são perversos e corruptos no coração, e cuja vida é abjeta e hedionda, ou ao menos perversa – é destes que ele requer uma pureza de coração e limpeza exterior.
Por aqui aprendemos qual é o verdadeiro caráter do arrependimento.
Não é apenas uma correção de vida, mas seu princípio é a purificação do coração.
Também é necessário, por outro lado, que os frutos do arrependimento interior apareçam no esplendor de nossas obras.
9. Lamentai e chorai.
Cristo denuncia o pranto sobre aqueles que riem, como uma maldição (Lc 6:25); e Tiago, no que vem logo a seguir, aludindo às mesmas palavras, ameaça os ricos com o pranto.
Mas aqui ele fala daquele pranto ou tristeza salutar que nos leva ao arrependimento. Ele se dirige àqueles que, estando inebriados em suas mentes, não percebiam o juízo de Deus. Assim, acontecia que eles se gabavam de seus vícios.
Para que pudesse sacudir deles este torpor mortal, ele os admoesta a aprenderem a chorar, para que, sendo tocados pela tristeza de consciência, pudessem deixar de se gabar e exultar à beira da destruição.
Então, riso deve ser entendido como significando a adulação com que os infiéis se enganam, enquanto se enfatuam pela doçura dos seus pecados e se esquecem do juízo de Deus.
10. Humilhai-vos, ou sede humilhados.
A conclusão do que veio antes é que a graça de Deus está pronta então para nos exaltar quando ele perceber que os nossos espíritos orgulhosos estão postos de lado.
Nós emulamos e invejamos porque desejamos ser eminentes.
Esta é uma atitude completamente irracional, pois é a obra peculiar de Deus exaltar os abatidos, e especialmente aqueles que voluntariamente se humilham.
Todo aquele, então, que busca uma elevação segura, seja abatido sob o senso da sua própria fraqueza, e pense humildemente sobre si mesmo.
Agostinho observa apropriadamente em certo lugar: Assim como uma árvore deve lançar raízes profundas para baixo, para que possa crescer para cima, do mesmo modo todo aquele que não tem sua alma profundamente fixada na humildade, exalta-se para sua própria ruína.
11. Irmãos, não faleis mal uns dos outros. Quem fala mal de um irmão, e julga a seu irmão, fala mal da lei, e julga a lei; e, se tu julgas a lei, já não és observador da lei, mas juiz.
12. Há só um legislador que pode salvar e destruir. Tu, porém, quem és, que julgas a outrem?
13. Eia agora vós, que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos;
14. Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece.
15. Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo.
16. Mas agora vos gloriais em vossas presunções; toda a glória tal como esta é maligna.
17. Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz, comete pecado.
11. Não faleis mal, ou, não difameis.
Vemos quanto trabalho Tiago tem para corrigir a avidez pela difamação.
Pois a hipocrisia sempre é presunçosa, e somos por natureza hipócritas, apaixonadamente nos exaltamos caluniando os outros.
Existe também outra doença inata à natureza humana – que cada um queira que todos vivam de acordo com a sua própria vontade ou capricho.
Esta presunção Tiago condena convenientemente nesta passagem – ou seja, porque ousamos impor sobre nossos irmãos nossa regra de vida.
Ele então emprega falar mal como incluindo todas as calúnias e obras suspeitas que derivam de um juízo maligno e pervertido.
O mal da difamação assume uma ampla variedade, mas aqui ele se refere propriamente àquele tipo de difamação que eu mencionei, ou seja, quando desdenhosamente determinamos a respeito dos feitos e ditos de outros – como se a nossa própria morosidade fosse a lei; quando confiantemente condenamos tudo o que não nos agrada.
Que tal presunção é aqui reprovada fica evidente a partir da razão que é imediatamente acrescentada: Quem fala mal, ou difama seu irmão, fala mal, ou difama a lei.
Ele sugere que muita coisa é tomada da lei quando alguém reivindica autoridade sobre seus irmãos. Falar mal, então, contra a lei é oposto àquela reverência com a qual convém que a consideremos.
Paulo lida praticamente com o mesmo argumento em Rm 14, embora em uma ocasião diferente. Pois, quando a superstição na escolha das carnes possuía alguém, o que consideravam ilícito para si mesmos, eles condenavam também em outros.
Ele então os lembrou de que existe apenas um Senhor, de acordo com a vontade do qual todos devem ficar de pé ou cair, e em cujo tribunal todos devemos comparecer.
Por onde ele conclui que aquele que julga a seus irmãos de acordo com sua própria visão das coisas assume para si o que pertence peculiarmente a Deus.
Mas Tiago reprova aqui aqueles que, sob o pretexto de santidade, condenavam a seus irmãos, e por isso colocavam sua própria morosidade no lugar da lei da divina.
Ele, contudo, emprega o mesmo raciocínio que Paulo – ou seja, que agimos presunçosamente quando assumimos autoridade sobre nossos irmãos, enquanto a lei de Deus subordina todos nós a si mesma sem exceção.
Aprendamos então que não devemos julgar, exceto de acordo com a lei de Deus.
Não és observador da lei, mas juíz .
Esta sentença deveria ser explicada assim: “Quando reivindicas para ti mesmo um poder de censurar acima da lei de Deus, tu isentas a ti mesmo do dever de obedecer à lei”.
Então, aquele que julga temerariamente a seu irmão, sacode o jugo de Deus, pois não se submete à regra comum de vida.
Então, este é um argumento a partir do que é contrário; porque a observância da lei é completamente diferente desta arrogância, quando os homens atribuem à sua própria vaidade o poder e autoridade da lei.
Por onde segue-se que então somente guardamos a lei quando dependemos totalmente do seu ensino, e não distinguimos de outra maneira o bem e o mal; pois todos os feitos e palavras dos homens devem ser regulados por ela.
Se alguém objetasse e dissesse que, mesmo assim, os santos serão juízes do mundo (1 Co 6:2), a resposta é óbvia – que esta honra não lhes pertence segundo o seu direito próprio, e sim porque são membros de Cristo; e que agora eles julgam segundo a lei, de modo que não devem ser considerados juízes apenas porque concordam obedientemente que Deus seja seu próprio juíz e julgue a todos.
Com respeito a Deus, ele não deve ser considerado observador da lei, porque sua justiça é anterior à lei; pois a lei flui da justiça eterna e infinita de Deus, como um rio da sua fonte.
12. Há só um legislador.
Agora ele relaciona o poder de salvar e destruir com o ofício de um legislador, sugerindo que toda a majestade de Deus é forçosamente assumida por aqueles que reivindicam para si mesmos o direito de fazer a lei; e isto é o que é feito por aqueles que impõem como lei sobre outros o seu próprio comando ou vontade.
E lembremo-nos de que o assunto aqui não é o governo civil, no qual os editos e leis dos magistrados têm lugar, mas o governo espiritual da alma, no qual a palavra de Deus somente deve exercer domínio.
Existe então um só Deus, que tem as consciências sujeitas por direito às suas próprias leis, assim como só ele tem em sua mão o poder de salvar e destruir.
Quem és tu.
Alguns pensam que aqui eles são admoestados a se tornarem repreensores de seus próprios vícios, a fim de que começassem a se examinar a si mesmos; e que, descobrindo que não eram mais puros do que os outros, pudessem deixar de ser tão severos.
Penso que a sua própria condição é simplesmente sugerida aos homens, de modo que possam pensar o quanto estão abaixo daquela dignidade que assumiram – como Paulo também diz: “Quem és tu que julgas a outrem?” (Rm 14:4).
13. Eia agora.
Ele condena aqui outro tipo de presunção – que muitos, que deveriam ter dependido da providência de Deus, confiantemente determinavam o que fariam, e ordenavam seus planos para um longo período de tempo, como se tivessem muitos anos à sua própria disposição, embora não estivessem certos nem de um só momento.
Salomão também ridiculariza severamente este tipo de vanglória louca, quando diz que “o homem faz as preparações no seu coração, mas o Senhor dá a resposta da língua” (Pv 16:1).
E é algo muito insano nos incumbirmos de executar o que não podemos pronunciar com a nossa língua. Tiago não reprova a forma de expressão, mas antes a arrogância de espírito, que os homens se esqueçam de sua própria fraqueza, e falem assim presunçosamente; pois mesmo os fiéis, que pensam humildemente sobre si mesmos, e reconhecem que seus passos são guiados pela vontade de Deus, contudo às vezes podem dizer, sem nenhuma cláusula modificadora, que farão isto ou aquilo.
De fato, é correto e próprio, quando prometemos algo quanto ao tempo futuro, acostumarmo-nos a palavras tais como estas: “Se Deus se agradar”, “se o Senhor permitir”.
Mas não se deve nutrir nenhum escrúpulo, como se fosse pecado omiti-las; pois lemos em toda a parte nas Escrituras que os santos servos de Deus falavam incondicionalmente de coisas futuras, quando, por outro lado, tinham como um princípio firme em suas mentes, que não poderiam fazer nada sem a permissão de Deus.
Então, quanto à prática de dizer: “Se o Senhor quiser ou permitir”, deve ser cuidadosamente observada por todos os fiéis.
Mas Tiago despertava a estupidez daqueles que desprezavam a providência de Deus, e reivindicavam para si um ano inteiro, embora não tivessem um único momento em seu próprio poder – o lucro que estava distante eles prometiam a si, embora não tivessem nenhuma posse do que estava diante de seus pés.
14. Porque, que é a vossa vida?
Ele poderia ter reprimido esta liberdade insensata de determinar coisas futuras por muitas outras razões – pois sabemos como o Senhor frustra diariamente aqueles homens presunçosos que prometem as grandes coisas que farão.
Mas ele estava satisfeito com este único argumento
– quem te prometeu a vida amanhã?
Podes, um homem moribundo, fazer o que tão confiantemente resolves fazer?
Pois aquele que se lembra da brevidade de sua vida, terá a sua audácia facilmente refreada, de modo a não estender demasiadamente suas resoluções.
Não somente isto, mas por nenhuma outra razão os infiéis se indultam tanto, senão porque se esquecem de que são homens. Pela comparação do vapor, ele mostra notavelmente que os propósitos que estão fundados apenas na vida presente são totalmente evanescentes.
15. Se o Senhor quiser.
Uma dupla condição é formulada: “Se vivermos tanto tempo” e “se o Senhor quiser”
– porque muitas coisas podem se interpor para frustrar o que podemos ter determinado, pois estamos cegos quanto a todos os eventos futuros.
Por vontade ele quer dizer não a que é expressa na lei, mas o conselho de Deus pelo qual ele governa todas as coisas.
16. Mas agora regozijais, ou, vos gloriais.
Podemos aprender a partir destas palavras que Tiago condenava algo mais do que uma fala passageira.
Regozijais, ou, vos gloriais, diz ele, em vossas vanglórias.
Embora privassem a Deus de seu governo, eles ainda se gabavam – não que abertamente se colocassem como superiores a Deus, embora estivessem especialmente inchados de confiança em si mesmos; mas suas mentes estavam tão inebriadas de vaidade que desprezavam a Deus.
E, como avisos desta natureza são geralmente recebidos com desprezo pelos infiéis
– não somente isto, mas esta resposta é dada de imediato: “é conhecido de nós o que nos é oferecido, por isso não há necessidade de tal aviso”, ele alega contra eles este conhecimento em que se gloriavam, e declara que pecavam ainda mais gravemente, porque não pecavam por ignorância, mas por desprezo.
Oração de Libertação
ORAÇÃO DE LIBERTAÇÃO
Eu,João Vitor Valentim,declaro que Tu o Deus de Israel é o único Deus,Criador de todas as coisas,o Deus Eterno.
Declaro que acredito no teu amor,que Tu me amas independente do que sou e faço,pois Teu amor por mim em Jesus é imutável
Declaro que teu Filho Jesus é Deus,que Ele um dia se encarnou,viveu entre nós,morreu na cruz,mas ressuscitou,vencendo a morte e destruindo satanás e todas as suas obras,e que hoje o teu Filho está sentado à tua direita,de onde há de vir para julgar o mundo e eu como parte da tua igreja,declaro diante dos homens,dos anjos e dos meus inimigos,que teu Filho Jesus é meu único Senhor e Salvador e como prova,eu confesso que sou lavado pelo sangue que foi derramado na cruz e que recebo teu Filho como Senhor e Salvador da minha vida
Como prova de que sou teu filho
Diante dessa confissão,eu quebro,rompo e desfaço toda maldição que estava sobre mim,vinda dos meus pais,avós,tataravós,quarta geração,quinta geração,sexta geração,sétima geração,oitava geração,nona geração,décima,décima primeira,décima segunda,décima terceira e décima quarta gerações maternas e paternas.
Passe o teu fogo e queime todos os espiritos familiares que estejam agindo em minha vida,amarre-os e lance-os nas regiões áridas.
Quebro todo pacto que meus antepassados fizeram,pois a partir de hoje só tenho uma aliança,uma aliança com o teu Filho Jesus e a obra feita por mim na cruz.
Leva a minha mente,quando eu era um feto no ventre da minha mãe,eu quebro e rejeito toda palavra de maldição lançada sobre mim por pessoas que eu conheça ou por pessoas que eu não conheça.
Sara todo trauma provocado pela gravidez da minha mãe,pelo parto e que toda ferida da minha alma seja agora curada.Eu perdoo todos que me magoaram.
Leva a minha mente de 0 a 3 anos,passe teu sangue e desfaça toda palavra de maldição lançada sobre mim,eu declaro perdoados todos que me amaldiçoaram ou lançaram maldição sobre a minha vida
Leva a minha mente dos 4 aos 7 anos,eu desfaço toda maldição lançada sobre mim e perdoo todos que me magoaram ou me rejeitaram.
Leva a minha mente dos 8 aos 12 anos,eu desfaço todo pacto feito nesta fase da minha vida,quebro toda palavra de maldição lançada sobre mim e perdoo todos que me magoraram ou me rejeitaram.
Leva a minha mente dos 13 até minha idade atual,eu rejeito e quebro todo vínculo feito por mim ou por qualquer outra pessoa,Deus vá nesse lugar onde foi feito um ritual que me envolvia e desfaça toda aliança em nome de Jesus.Eu perdoo todos que me magoaram e me rejeitaram.
Cura a minha alma de toda ferida,de todo abuso que eu tenha sofrido e eu perdoo quem me machucou e quem abusou de mim em nome de Jesus.
Eu unjo agora a chacra cronal ( alto da cabeça ) e repreendo toda entidade que age na área da depressão,derrame o teu sangue sobre esta chacra.
Eu unjo agora a chacra frontal ( entre os olhos ) e repreendo toda entidade que age na
área da minha memória,derrame o teu sangue sobre esta chacra
Eu unjo a chacra laringeo (garganta ) e repreendo toda entidade que age na área das decisões,derrame teu sangue sobre esta chacra
Eu unjo a chacra cardíaco( coração ) e repreendo toda entidade que age na área que gera ódio,derrame o teu sangue sobre esta chacra
Eu unjo a chacra gástrica ( estômago )e repreendo toda entidade que age na área da carência,cura minhas carências e derrame o teu sangue sobre esta chacra.
Eu unjo a chacra espiênico ( umbigo ) eu repreendo toda entidade que age na área emocional e peço que o Senhor ajuste minhas emoções,derrame o teu sangue sobre esta chacra.
Eu unjo a chacra básico ( área sexual )eu repreendo toda entidade que age na área sexual e do prazer,derrame o teu sangue sobre esta chacra
Na certeza da obra da Cruz que o Senhor tome essa minha declaração e rasgue toda cédula de divida que era contra mim e que diante de Ti eu esteja completamente justificado em nome de Jesus
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